sábado, agosto 12, 2006

I'm back!


após quase cinco meses de inactividade
aqui vai um post sobre uma trivialidade
passando a barreira psicológica dos 69 posts
número de dúbio significado




Numa recente visita a Mértola trouxe de lá um frasco de fabuloso mel do Pulo do Lobo (que por acaso se encontra facilmente em qualquer supermercado de jeito). Escrevo estas linhas saboreando uma chávena de flocos com leite e com ½ colher de chá deste delicioso mel, numa madrugada de 6ª feira. Delicious!

Se por acaso num hiper-mercado ficarem especados para a prateleira do mel, não sabendo de que marca comprar; não hesitem! Comprem mel Pulo do Lobo! Accept no substitutes!

quinta-feira, março 30, 2006

Alex Barck no Mercado



Foi no passado Sábado que tivemos Alex Barck dos Jazzanova no Clube Mercado (como anteriormente anunciado). Aqui vão algumas fotos tiradas com o telemóvel (e portanto suficientemente reduzidas para não se notar a péssima qualidade da câmara).

Confesso que gostei mais do set do Jürgen... Contudo, este tema (mp3), para mim, fez a noite!

Daqui a três meses temos mais Jazzanova no Mercado, uma vez que são residentes trimestrais.

terça-feira, março 21, 2006

Guia DI.FM de música electrónica



http://www.di.fm/edmguide/edmguide.html

Um guia para o perplexo, perante a panóplia infindável de designações de sub-estilos das chamadas "novas tendências" da música. Segundo deste site, cabe tudo por debaixo de um chapeu de chuva chamado Electónica. As relações entre os estilos são representadas por grafos, um por cada das 7 categorias eleitas pelo guia: House, Trance, Techno, Breakbeat, Jungle, Hardcore, e Downtempo. Tudo isto num site flash bastante funcional (e Linux-friendly), alojado na já aclamada Digitally Imported.

Segundo esta página, a actual versão deste guia conta com 180 géneros, 1189 amostras, totalizando 5 horas de música, se as samples fossem todas tocadas de seguida.

Definitivamente a não perder!

domingo, março 19, 2006

Bootleg'ing



O termo bootleg apareceu para denominar gravações não autorizadas pelos autores. Posteriormente o conceito estendeu-se à cena de DJing e remixing para designar remisturas e reedições de temas à revelia dos autores originais.

Get Your Bootleg On é uma autêntica mina de ouro para quem gosta de ouvir este tipo de remisturas. Na maior parte encontramos temas que são combinações de dois temas aparentemente sem nada em comum. Podemos encontrar, por exemplo, a Shakira combinada com os The Commodores, Bob Marley com os The Temptations, Marvin Gaye com Massive Attack, Natalie Imbroglia com The Love Unlimited Orchestra, etc.

Chamo em particular a atenção para esta combinação de Breathe dos Pink Floyd com a voz de Judie Tsuke (mp3), que resultou num bootleg muito interessante! (origem: Futuro Mashup, de onde aliás tirei todos os exemplos supracitados)

quarta-feira, março 15, 2006

Barreira psicológica

A TSF noticia hoje que Euronext Lisboa supera barreira psicológica dos 10 mil pontos. Isto parece absurdo mas não é. Incrivel como na bolsa se tomam decisões com base se indices são redondos ou não. Por isso é uma barreira: há quem venda quando o indice se aproxima dos 10000. E é psicológica porque nada tem a ver com ciência. (quanto muito numerologia).

Para os pessimistas, isto significa que devem vender tudo já, para eventualmente ver o indice continuar a subir, ficarem frustrados e ainda mais pessimistas.

Para os optimistas, isto significa que devem comprar, para eventualmente verem o indice vir por aí abaixo; ficarão anos à espera que o indice volte a atingir estes níveis; entretanto desistem e deixam de seguir as cotações... pelo menos até voltarem a máximos historicos, ficando ainda mais optimistas pois "desta é que é", mas aí será, mais uma vez, too late.

Acresce que há pessimistas que se tornam optimistas, porque aprendem a lição que não se deviam precipitar a vender; e há optimistas que se tornam pessimistas, porque apendem a lição que não se deviam precipitar a comprar.

Somado tudo, o que está errado é não só a precipitação, mas sobretudo o olhar para as cotações, como diria Benjamin Graham . Mais uma vez remeto-vos para um par de posts que escrevi sobre o jogar/investir na bolsa há já algum tempo: aqui e aqui.

sábado, março 11, 2006

Cardápio Nocturno



Nota prévia: Com este post dou início a uma rubrica em simultâneo com o blog colectivo Viver o Mundo, retomando uns esparsos posts mais antigos. Eventualmente haverá pequenas diferenças editoriais entre as duas versões, como é o caso deste post.

Antes de começar, uma referência ao simpático blog P0wer Up de onde plagiei o título desta rubrica :) cumprimentos ao Eduardo Martins!
E ainda... o Clube Mercado promete um Abril com Carl Craig e Nicola Conte, e um Maio com King Britt e Boozoo Bajou. Excelentes notícias nos chegam da Rua das Taipas nº8.

PS: enquanto escrevia este post, que como sempre me consome bastante tempo, uma vez que gosto de o completar com montes de links e fotos, muitas das vezes editadas no gimp, o firefox crashou! Perdi tudo o que tinha escrito. E como detesto fazer a mesma coisa duas vezes, consegui recuperar o texto assim:
 # cp /dev/kcore .
# strings kcore | less
e depois é só procurar por uma palavra (ou frase) que usamos no post. Logo nos primeiros hits encontrei o meu post! Ainda faltavam alguns links (não era a última versão), mas sempre foi bastante melhor do que tentar re-escrever tudo.

segunda-feira, março 06, 2006

Crash



Cumprimentos ao Crash pelos 3 Oscars. Mais interessante para mim do que a questão racial, foi o fluir de eventos, sugerindo que certas coincidências não são, afinal, tão aletórias quanto o nosso racionalizmo Cartesiano possa julgar. Gostei do filme principalmente pelo ambiente criado, a remeter-me para o Magnolia (que por acaso também trata a temática das coincidências...).

Nota especial para a banda sonora, que para além do ambiente sonoro mais etereo de Mark Isham, inclui também duas interessantes faixas que se podem ouvir, uma a seguir a outra, sensivelmente a partir do minuto 16 do meu DJ set #4 (mp3) [tracklist].

sábado, março 04, 2006

Mensagens subliminares em "A Ilha"



Primeiro, o técnico (McCord) que os ajuda é morto, depois de nos termos apercebido que era um tarado sexual. Depois, o cliente (Tom Lincoln), que viveu uma vida cheia de sexo, responsável pela hepatite de que padece, acaba por morrer. E finalmente, o guarda que é atingido com um tiro, mostra-se um depravado após alguns comentários sobre os dotes físicos de Scarlett Johansson.

Não há vitimas inocentes neste filme. Ou o são por serem voluntariamente coniventes com o esquema da companhia, ou o são por "desvio" sexual. A imoralidade paga-se caro, é esta a mensagem subliminar deste filme que queria trazer à discussão. É como se houvesse sempre uma justificação "moralista" para a morte de personagens.

sexta-feira, março 03, 2006

Jazzanova residentes no Clube Mercado

Esta é uma grande notícia! De acordo com este flyer do Clube Mercado, os Jazzanova são agora DJs residentes (trimestralmente) neste bar. A próxima data é já dia 25 deste mês, com o Alex Barck. ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL!

quinta-feira, março 02, 2006

Chegada a Lisboa com Netstumbler



Na última 3a feira tive oportunidade de chegar a Lisboa pela A1 com um portatil ao colo a correr o NetStumbler. Liguei o portatil pouco depois de ter passado pela área de serviço de Aveiras (20h18). Depois das portagens saí em Vialonga, para apanhar a IC2 que desemboca aqui no Parque das Nações (21h19).

O resultado foi impressionante. Apanhei cerca de 173 redes distintas, da quais 24 se chamavam "linksys". O gráfico acima mostra o histograma das redes que apanhei, em função do canal wifi. A esmagadora maioria destas opera no canal 11, que suspeito seja o default de muitos Access Points (AP). De seguida temos os canais 1 e 6, que distam de 4 canais entre si.

Sabe-se que o espectro wifi só admite 3 canais separados. Ou melhor, num mesmo local apenas temos 3 canais sem que haja interferência (significativa entre eles). A ideia é que os canais sejam distribuídos num espaço de forma a que APs de canais adjacentes estejam suficientemente distantes para que não interfiram significativamente. Contudo, se quisermoes espalhar vários APs por um pequeno espaço (p.ex. um piso de gabinetes), é natural que se recorra a 3 canais o mais distantes entre si. Se muitas instalações adoptarem esse princípio, é natural que esses três canais sejam mais usados do que os restantes.

Claro que foi uma infeliz ideia permitir um standard de comunicações wireless — o 802.11b — onde os canais RF não sejam herméticos. Pelo que sei, o 802.11a já não padece desse problema.

Metamorfose VI

Na metamorfose de hoje podemos ouvir uma sequência de padrões ritmicos, com timbres diferentes, e que no conjunto dá um resultado muito interessante. Este clip em mp3 foi extraído do Jazzanova Exclusive Mix que acompanha a última "antologia" de remixes deles: Remixes 2002-2005.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Metamorfose V

O clip em mp3 que hoje trago não tem nada a ver com as fusões entre as estéticas de Jazz e a musica de dança. Desta vez trago a "estética" dos jogos do ZX Spectrum, daquelas sonoridades digitais de 1 bit. O clip mostra uma metamorfose de um conjunto de sonoridades desse tipo, numa estrutura de um tema. Enjoy!

[fonte: fragmento retirado de um mixtape de Carl Craig para o Compost Radio Show #88]

Recomendo, a propósito da estética do ZX Spectrum, o site do Major Eléctico, que em tempos manteve um interessante programa de rádio na defunta VOXX (we miss you...).

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Metamorfose IV

Na rubrica de hoje de Metamorfoses mostro um clip que apareceu no final da edição 84 do Soulsearching. Como uma sonoridade dos anos 50-60 de uma banda a bit jazzy se transforma num electrizante groove apresentável em qualquer pista de dança. O interessante deste clip reside, a meu ver, na forma progressiva como esta metamorfose ocorre. No fim do clip temos estruturalmente o mesmo tema, mas "pintado" com uma textura sonora completamente diferente.

Nephews Of Phela - Mula2 - White
(clip em mp3)

* Curiosidade: o White que figura como editora designa white label, ou seja, um disco de edição artesanal e distribuição restrita.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Colagem como forma de arte



De acordo com a wikipedia, a técnica de colagem foi inventada em 1921 por Pablo Picasso, dando origem a este quadro. Trata-se de uma técnica com tradição nas artes plásticas. Apesar de usar como fonte pedaços de coisas, a arte está, por um lado, na escolha do material, e por outro, na composição.

Na música clássica são vários os casos em que peças sinfónicas fazem citações de frases de outras obras. Os últimos andamentos das fabulosas sinfonias de Mahler, por exemplo, faziam citações de motivos dos outros andamentos. No jazz é frequente as improvisações citarem frases de outras músicas ou solos de outros improvisadores.

A electrónica trouxe à música uma nova forma de integração de material musical, usando o que poderiamos considerar uma técnica de colagem aplicada a música. Não se trata de citar frases ao nível das notas, mas sim ao nível do som. Estou obviamente a falar dos samplers e de todas as ferramentas de manipulação de audio. Hoje em dia há uma enorme panóplia de ferramentas ao serviço da estética musical. Por exemplo, o pacote Reason.

Uma das aplicações destas técnicas reside na dissimulação de defeitos (por exemplo, a afinação da voz, em cantoras cuja vocação não reside seguramente na voz; o mesmo tipo de afinação recusada pelo Zé Cabra, tendo-lhe trazido os 5 minutos de fama).

Mas o que me interessa aqui são os casos em que a colagem é claramente uma colagem, e deve ser apreciada como tal: pela escolha do material, e pela composição final.

Dois exemplos:
(1) Theo Parrish pegou no standard de jazz Little Sunflower de Freddie Hubbard e fez esta metamorfose (amostra em mp3)
(2) os Audio Lotion criaram esta composição (amostra em mp3) com base numa interessante palete de material sonoro. Consigo identificar fragmentos do Daphnis et Chloé de Ravel, e umas notas da banda sonora do filme Os Intocáveis.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Jazzanova @ Blue Note



Bons ventos sopram do lado da Blue Note Records: não só vemos Nicola Conté no seu catálogo, como também os Jazzanova.

É sempre bom quando se quebram as barreiras do saudosismo mais conservador de certas margens do jazz. Posição essa em contradição com o proprio espirito fundador do jazz. O jazz sempre foi um estilo que só avançou quando se ousa novas sonoridades, novas fusões, ecléctico, e sem fronteiras.

Jazzanova é a contracção jazz com bossa nova. Mas não me parece incorrecto interpretar o nome também como novo jazz.

domingo, fevereiro 12, 2006

as Other Directions de Nicola Conté



Um fantástico album com um jazz muito forte. Imperdível para quem gosta de sentir o jazz no corpo. Mais um exemplo de fluxos e refluxos entre o jazz e a electrónica: Nicola Conté, um Italiano com background de DJ e com paixão pelo jazz. Podemos ouvi-lo nesta magnífica entrevista conduzida por Michael Rütten na segunda parte de um dos seus programas de rádio Soulsearching.

Montemor-o-novo



Uma curta viagem pelo Alentejo, agora que voltamos a ter fins-de-semana com bom tempo, e algumas fotos tiradas no castelo de Montemor-o-novo.

Cumprimentos ao meu amigo Mário Nogueira, e as suas fantásticas fotos, uma das quais me fez voltar a pegar na minha Nikon Coolpix 4300 e num vulgar polarizador (de dimensões desproporcionadas para esta máquina).

Inside iPod nano

(click to enlarge)