sexta-feira, dezembro 30, 2005

Soul Searching



Tem estado este tempo todo bem debaixo do meu nariz, na página de entrada da Compost Records, um link para o Soul Searching Radio Show. Muito bom! Infelizmente apenas têm a última emissão. Na semana a que escrevo isto, a edição disponível do programa é a 92, que tem como convidado especial, responsável por uma das duas horas do programa, Rainer Trüby (dos Trüby Trio). No site do programa é ainda possível ver as playlists de todas as emissões, desde a primeira.

A emissão está disponível em formato RealAudio, mas com a preciosa ajuda do MPlayer consegui fazer um dump do programa para um WAV e depois para um MP3 (não, não tem nada a ver com o ridículo nome da campanha de Soares...), usando o LAME.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Prenda de Natal



Aproveitando a promoção da Compost Records de colocar os seus CDs ao módico preço de 8€, ofereci a mim mesmo pelo Natal o conjunto de cinco CDs acima ilustrados :D

Nicola Conté

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Este senhor que estão aqui a ver do lado esquerdo da "arroba" é nem mais nem menos do que Nicola Conté, o artífice por detrás do seminal Jet Sounds. O Clube Mercado faz mais uma vez das suas ao traze-lo no próximo dia 7 de Janeiro. Absolutamente imperdível!

Não sei em que formato actuará, se com uma banda ao vivo como aconteceu quando veio cá a um memorável hype@meco, ou como DJ. (espero que seja da primeira forma...)

domingo, dezembro 18, 2005

Jazzanova: o evento

   

Casa cheia no Clube Mercado para ver e ouvir Jürgen von Knoblauch dos Jazzanova, num DJ set que durou até às 5 e meia da manhã. Não dei pelo tempo passar; o DJ set foi *fabuloso*. Tivemos ainda direito a três encores: de cada vez que acabava um set, os resistentes a essa hora do fim manifestavam-se ruidosamente, e lá ia o Jürgen pescar mais um disco de vinil ao caixote.

É a terceira vez que o(s) vejo a actuar. A primeira foi num hype@meco há uma data de anos, em que me lembro que estavam pelo menos dois elementos dos Jazzanova (um deles era seguramente o Alex Barck). A segunda foi no Club Lua, este ano, com apenas o Jürgen . Uma das coisas mais impressionantes, que reparei nestas duas últimas vezes, foi as transições entre as músicas. Por mais que me esforce a ver atentamente o que ele faz na mesa de mistura, não consigo perceber onde duas faixas consecutivas se sobreepoem, quando começa uma e quando acaba a outra (excepto em rarissimas excepções onde não há intenção de manter a continuidade).

Saí do bar (e passei grande parte do Domingo assim) com um remix de uma música dos anos 80 de Herbie Hancock: Magic Number, do album homonimo de 1981. Não resisti em procurar na net pelo dito album, e já que não encontrei o remix, fiz eu mesmo um! O que se passa é que há um ostinato de piano no início do minuto 4 extremamente catchy. O problema é que no tema original de Hancock a coisa não chega a durar 40 segundos. O remix que fiz centra-se em repetir o ostinato em loop, adicionando uns outros loops como intro e bridge, e o excelente solo de Rhodes. Infelizmente o Cubase recusou-se a exportar o projecto para audio, pelo que quando o conseguir, irei coloca-lo na minha homepage.

Adiado para um próximo post fica também um autógrafo que conseguiu do Jürgen! :)

sexta-feira, dezembro 16, 2005

My Favourite Movies

Aproveitando este clima de Natal e fim de ano, aqui vai uma lista, aproximadamente ordenada, dos meus filmes favoritos, recentes e menos recentes:

  
   

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Sandwish urbano



Palavras para quê? Um velho edifício, semi-abandonado, ensandwishado entre dois prédio, não demasiado modernos, algures para os lados da Quinta das Conchas.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Jazzanova no Mercado

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É verdade! Os Jazzanova vêm a Lisboa fazer uma festa de lançamento do seu último album de remixes, nem mais nem menos no nosso bar favorito. Nem mais, é assim mesmo!

Se repararem, por baixo de Jazzanova está escrito The Remixes 2002-2005. Este album vem na sequência do The Remixes 1997-2000, que para mim foi bastante influente, dando-me a conhecer um novo mundo musical.

Este album — The Remixes 2002-2005 — tem uma particularidade, que tanto quanto sei é totalmente original. Paradoxalmente, não sei dizer se isto é um album simples ou duplo, pois traz dois CDs, mas apenas um deles contém música. O outro é um simples CDR virgem, com o logotipo dos Jazzanova. No leaflet do album pode ler-se a explicação:

2 options how to use bonus do it yourself cd-r

1. insert the "jazzanova remixes" red cd into your computer
click on link to jazzanova exclusive download area & do online
download exclusive jazzanova music
burn on the silver cd

2. use bonus cd-r do copy "jazzanova remixes" for a friend, for the car...

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Mais um DJ set



Acabei de colocar na minha página pessoal o meu último DJ set (DJset5.mp3), com quase 74 minutos (a dimensão standard de um CD de audio). Lá pelo meio pode-se encontrar um easter egg... ;)

Update: a tracklist deste DJ-set.

domingo, novembro 27, 2005

Kid Loco



Aqui vão algumas fotos do DJ set de Kid Loco. Como eram muitas fotos, e nenhuma delas ficou grande espingarda, decidi tornar a coisa mais animada. Enjoy.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Trilogia de Frederico Lourenço

      

Agora que acabei de ler o terceiro volume desta trilogia, posso coloca-los lado a lado e escrever qualquer coisa sobre eles. Há já algum tempo que não encontava livros de leitura compulsiva. São os meus preferidos. Em vez de ter que fazer um esforço para avançar de página em página, é o livro que me vai puxando, agarrando-me em leitura compulsiva.

Cada livro é independente, não estando sequer por ordem cronológica. O segundo livro "Curso das Estrelas" passa-se antes do primeiro. Mas em cada um deles é explicado o contexto das personagens. Na capa é dito que podem ser lidos "pela ordem resultante das contingências pessoais do leitor.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Digitally Imported



A excelente rádio online Digitally Imported has just got better: abriram um novo canal, chamado Lounge (clicar para playlist). Aconselho vivamente, em especial para quem já era fan (como eu) do canal Chillout da mesma rádio.

terça-feira, novembro 15, 2005

Bulllet



É verdade que prometi uma extensa reportagem fotográfica sobre o concerto, mas uma vez que o meu USB dongle se recusa a funcionar, as fotos terão de ficar para depois... (ditado popular: don't promise what you may not deliver...)

Os Bulllet apareceram com Armando Teixeira nos teclados ("o" homem bulllet), um DJ nos pratos (scratching), bateria, e duas mocinhas na voz (e dança). Não havendo baixista, Armando Teixeira contou com algum material previamente gravado, sobre o qual tocava algumas linhas melódicas e solos nos teclados. Identifiquei um Roland SH-09, e um teclado, que a julgar pelo inconfundivel vermelho, só pode ser um Nord Lead.

O bar estava cheio, mas não demasiado apinhado. Só é lamentável o horrível nauseabundo cheiro a fumo com o qual se sai de lá empestado... O público entusiasmado ainda conseguiu sacar alguns encores ao grupo.

Próxima sexta-feira teremos o Kid Loco no mesmo bar. Não prometo obviamente reportagem fotográfica... ;)

sexta-feira, novembro 11, 2005

Mac OSX num PC perto de si



Finalmente consegui instalar e correr o Mac OSX no meu PC de casa. Tinha feito várias tentativas, com versões hackadas (ou modded, como agora também se diz), mas tirando uma imagem de uma instalação para VMware, gravada directamente para uma partição, todas elas crashavam o kernel. Quando experimentei esta versão (link para torrent), o resultado foi o mesmo. Mas desta vez suspeitei que fosse problema de compatibilidade de hardware. Olhei com mais atenção para as mensagens do kernel panic: a última antes do panic referia qualquer coisa sobre uma porta série, detectada como sendo Apple. Ora, como isto pode ser? Fui ao BIOS e desactivei as portas série. Bingo! Funcionou! Yupi!

Contudo, o cabo das tormentas não tinha aindo sido dobrado com sucesso. No meio da morosa instalação, o programa de instalação aborta com um erro. Não especifica qual. Apenas diz que houve um erro na instalação, e pede-me para instalar de novo. Say again?? Tentei instalar de novo, sem sucesso...

Numa terceira tentativa, decidi fazer uma instalação mínima do OSX. Aí funcionou. Arranquei o OSX posteriormente a partir do LILO. Tudo pareceu funcionar bem, excepto: alguns bugs visuais no Safari; a placa gráfica ATI Radeon não é suportada, pelo que fiquei limitado à resolução VESA (1024x768?); a placa de som SB Audigy 2 também não é suportada, mas consegui ouvir o iTunes a tocar a fantástica rádio DI.fm Chillout pela placa de som built-in da motherboard (Intel chipset).

Estou agora um pouco mais próximo de substituir o Windows do meu PC pelo OS X (e quem sabe, no futuro o Linux também...) pelo Mac OSX. Mas só o poderei fazer quando conseguir correr no OSX todo o software que uso, quer no Windows quer no Linux...

quarta-feira, novembro 09, 2005

Eventos II



No próximo sábado (dia 12) os Bullet irão dar um concerto no Bar Mercado. A não perder! Prometo uma exaustiva reportagem fotográfica ;)

terça-feira, novembro 08, 2005

O padeiro de bicicleta

Hoje a chegar ao técnico, cruzei-me mais uma vez com o padeiro da bicicleta. Desde que entrei para o técnico, em 1991, que de uma forma mais ou menos frequente me cruzo com este personagem sui generis: um homem já de idade, com a cara sempre avermelhada, sempre com um sorriso mais ou menos plástico estampado no rosto. E lá vai ele na sua bicicleta, carregando um cesto de pão, pelos passeios que abraçam o campus do técnico. É surreal como no meio deste meio urbano surge este personagem como que fora do tempo. Remete-nos para uma aldeia no Portugal profundo. Só tenho pena de não ter tido o instinto de lhe tirar uma foto para acompanhar este post. Fica para o proxima vez...

segunda-feira, novembro 07, 2005

Domingo à noite...

     

...a ler compulsivamente o "pode um desejo imenso" de Frederico Lourenço, e a ouvir um bootleg de um concerto dos Chemical Brothers no Sonar Festival deste ano, que entretanto estou a gravar para uma arcaica K7 para ouvir no autorádio do carro.

À falta de coisa melhor para escrever...

quinta-feira, novembro 03, 2005

O melhor e o pior no Mercado

Embora um bocado atrasado, aqui vão algumas breves impressões sobre dois concertos que vi no Bar Mercado, acompanhados de respectivo registo fotográfico da reles câmara do meu telemóvel.

Spaceboys (13.Out.05)

     

Com o apoio da rádio Oxigénio, os portugueses Spaceboys derem um excelente concerto no referido Bar, precedido (e sucedido) por Isilda Sanches como DJ (boa música também). A última vez que os tinha visto foi há alguns anos no Hype@Meco, onde também se ouviram grandes referências como Jazzanova, Nicola Conté, Kings of Convenience, entre outros. Comparando com esse tempo nota-se uma evolução significativa. Em suma, o concerto foi excelente, pondo toda a gente aos pulos a dançar.

Mr. Lizard (20.Out.05)

     

O que me levou a esta autentica banhada foram duas coisas: primeiro, a presença do guitarrista que acompanhou Rocky Marsiano num concerto em Setembro (também neste bar), concerto esse que tinha gostado, apesar deste guitarrista (T-One) apresentar linhas melódicas muito simples mas very groovy; em segundo lugar, e não menos relevante, a intrigante presença de James Chandler neste grupo. James Chandler é o sujeito que toca Hammond (ou melhor, um emulador de) e que já tinha tocado com Mário Delgado. O Mário Delgado é um guitarrista da cena Jazz portuguesa, cuja relevância merecia uma entrada no blog só por si. A última vez que o vi tocar, na "catedral" Hot Club, foi acompanhado por, nem mais nem menos, James Chandler himself. Ora, esta ponte entre dois mundos tão separados achei fascinante: o que é que James Chandler estaria a fazer no Bar Mercado?

Esta última frase merece um reparo, pois não acho que estejam separados de todo, estilisticamente e por acaso até espacialmente (a Rua das Taipas fica bem próxima da Praça da Alegria). Só que não é lá muito plausivel que bandas que toquem no Hot Club apareçam no cartaz do Bar Mercado, e muito menos vice-versa — infelizmente devo dizer... — grandes progressos tem feito a música quando duas áreas aparentemente ortogonais se juntam. E esta fusão entre o Jazz e a Electrónica é disso um excelente exemplo!

Feito o reparo, retomemos o tema. O concerto foi uma banhada. Não fosse o playing imaginativo do James Chandler, eu teria bazado após a primeira música. O tipo de música é básico, simples, nada entusiasmante. A bateria limitou-se a batidas básicas, sem sal, onde a concentração pareceu estar totalmente focalizada em bater no snare com mais força possível. A guitarra limitou-se a linhas simples, sem sal, onde nem o groove que se ouviu em Rocky Marsiano veio ao de cima. O baixo, nada de especial, excepto um interessante solo lá numa música. A noite foi só mesmo salva pelo James Chandler, que deu alguns (poucos) sinais de inspiração.

Novo blog: abaixo da linha

Nasceu um novo blog — ...abaixo da linha... — no qual também participo. A ideia é discutir política (e anti-política).

quinta-feira, outubro 20, 2005

WC canino



Os dejectos caninos que diariamente enchem as calçadas de Lisboa são um nojo, toda a gente o reconhece (eventualmente com excepção dos donos menos conscientes). Já se tentou multar os donos que permitem que os seus bichos extrementem, já se colocaram postos com saquinhos para os donos apanharem os dejectos (o parque das nações está cheio desses postos -- muito bem! -- e já vi donos civilizados a utilizarem -- duplamente bem!), e também já vi uma daquelas motas da câmara com um aspirador de bostas (really!), mas nunca tinha visto esta ideia acima registada com o meu telemóvel.

Encontrei este "WC" canino num simpático jardim na Av. António José de Almeida, em frente à casa da moeda. Ainda vi uma dona de um cão, aparentemente um pouco frustrada pelo insucesso em convencer o seu cão a evacuar. Será que devido a sensibilidade dos cães para os cheiros uns dos outros, como forma de marcar território, não dificulta e ideia de funcionar? Espero bem que não. Acho detestavel ter que andar na rua a fazer slalom para não pisar uma bosta.

Nem quero imaginar quantas toneladas serão despejadas nas calçadas desta cidade diariamente. Que dejectem nos jardins, ainda é aceitavel (não muito, pois arriscamo-nos a pisar um "presente" num qualquer jardim), mas na calçada?? A unica forma dos dejectos desaparecerem é por difusão, para usar um termo técnico: normalmente as pessoas evitam, mas passados X minutos, em média, alguem menos atento pisa, e espalha; e depois vai mais alguem igualmente desatento e pisa de novo, espalhando. O processo continua até acabar por desaparecer. Cada bosta sofre um processo estocástico de difusão, espalhando-se pelas ruas. Nos dias de hoje não deve haver pedra da calçada que não esteja impregnada de matérias fecais, ainda que microscópicas... Diariamente, quem anda a pé (imaginando ser uma actividade saudável) anda na realidade sobre um manto de matérias fecais, everywhere...

E por fim, não percebo porque raio as pessoas acham nojento alguem mijar na rua (já para não falar em defecar), mas são tolerantes com os excrementos de cão! O que é que um tipo de excremento tem de tão diferente do outro? O cheiro?

quarta-feira, outubro 19, 2005

Eventos

Temos em Lisboa alguns eventos interessantes, a saber (e eventualmente a não perder):(3ª revisão)

segunda-feira, outubro 17, 2005

Cosmopolis



Embora atrasado, aqui vão algumas palavras sobre o encerramento do festival de música electronica Cosmopolis, que já referi num post anterior, a propósito dos Plaza que la actuaram.

O espaço é fantástico, não só pela localização (o extenso campus do Instituto Superior de Agronomia), como também pelo ambiente criado (ver as fotos acima, tiradas com o meu telemovel, mas que assim reduzidas até que ficam com bom aspecto).

Quando cheguei lá já tinham actuado alguns grupos, pelo que apenas assisti aos Plaza, aos Telepopmusik, e aos The Gift. Sobre os Plaza já me debrucei no último post. Os Telepopmusik tinham uma ou outra música interessante, mas claramente que o reportório apresentado não aproveita, nem de perto nem de longe, o fantástico timbre de voz da vocalista. E por fim, os The Gift, de que não sou grande fan, mas que me deixei envolver pelo espetáculo tendo gostado bastante de "ouver" (contração de "ouvir" com "ver" — termo inventado pelo José Duarte, para quem ainda se lembra do seu programa de televisão na RTP2).

sexta-feira, outubro 14, 2005

Plaza



Foi há cerca de uma semana que fui ver o encerramento do Cosmopolis, num fabuloso espaço na Instituto Superior de Agronomia. Na altura não achei muita piada, confesso, aos Plaza, mas deixou-me intrigado o teclista. Fez-me lembrar o Quico, um teclista que nos anos 80 trabalhou com António Pinho Vargas ("As Folhas Mudam de Cor", 1987) e que nos anos 90 participou na gravação de um album dos Ficções ("Aqua", 1992). Sei que fez imensas mais coisas, mas estes são os CDs que tenho onde o nome (e foto) dele aparecem. Após alguma pesquisa confirmei a minha suspeita: o teclista desta banda pop-retro-anos-80 é nem mais nem menos o Quico himself! (o da esquerda, na foto acima)

O concerto ao vivo foi muito giro. No dia seguinte andei a pesquisar mais sobre os Plaza, tendo encontrado um site (www.playplaza.com) que pouco mais tem do um flash com algumas músicas e videos do seu album Meeting Point (de onde "scanei" as imagens deste post). E por fim encontrei esse album no FNAC do Colombo, e a um "preço verde".

quarta-feira, outubro 12, 2005

Chris Landreth



Este é o artista por detrás da curta-metragem Ryan (ver post anterior), aqui mostrado em forma de auto-retrato. Para além do Ryan (2004), realizou ainda outras duas curtas-metragens: The End (1995) e Bingo (1998).

Consegui encontrar dois deles na net, em BitTorrent: [ Ryan ] [ Bingo ]

Uma nota curiosa sobre Chris Landreth: formado em engenharia mecânica com um mestrado, decidiu mudar de vida e dedicar-se à animação 3D. Começou como beta tester do software Alias/Wavefront, com a tarefa de testar e abusar do software ao máximo. Foi possivelmente nesse processo de exploração sem fronteiras que teve inspiração para produzir as referidas curtas-metragens, com a sua dose de surrealismo.

terça-feira, outubro 11, 2005

Ryan



Passava pouco tempo da meia-noite de domingo que ao ligar a televisão na 2: fiquei fascinado com uma curta-metragem que estava a dar. Chama-se Ryan, foi realizado por Chris Landreth. Trata-se de um documentário sobre um criador Canadiano (Ryan Larkin), que após ter realizado trabalho pioneiro na área de animação, caiu numa espiral de alcool e cocaina, sendo actualmente um pedinte nas ruas de Montreal. O documentário está na forma de uma animação, mas as vozes são reais, de gravações de entrevistas realizadas pelo próprio realizador.

O que me deixou "speechless" foi o estilo de animação. Confesso que nunca tinha visto nada assim. É animação 3D, com um nível de detalhe fantástico, mas com um ambiente, fuido, psicadélico, irreal, metafórico (tenho dificildade em explicar).

In Ryan we hear the voice of Ryan Larkin and people who have known him, but these voices speak through strange, twisted, broken and disembodied 3D generated characters... people whose appearances are bizarre, humorous or disturbing. [...] an original, personal, hand animated three­dimensional world which Chris calls ´psychological realism´.

A world encapsulated in the words of Anais Nin:
We don´t see things as they are. We see things as we are.


(nota: apesar de pouco ou nada significar, este filme ganhou um Oscar de curtas-metragens animadas em 2004)

Porque é que Felgueiras, Valentim e Isaltino ganharam?

(nota prévia: este post foi originalmente um comentário a este post no Blog do Mário, a quem envio desde já as minha saudações)

Acho que as coisas são na verdade mais complicadas do que isso. Felgueiras, Gondomar e Oeiras tiveram o resultado que tiveram, a meu ver, porque as pessoas têm a noção que os politicos são todos intrujões, todos metem ao bolso, todos roubam. Portando, a escolha está naquele que, para além de roubar, faz qualquer coisa pelo conselho. Ouvi isto mesmo ser dito por umas pessoas num café de Linda-a-Velha, e creio que corresponde ao que a maioria dos votantes acha.

Isto tem duas causas: uma é a falta de capacidade das candidaturas alternativas de convencerem as pessoas, não apenas das suas ideias, mas sobretudo da capacidade de as por em prática. É que ideias temos todos, qualquer caramelo pode escrever uma rol de ideias, de promessas, isso é facil (vide as promessas fáceis de Carrilho). O problema está em convencer as pessoas que não se é mais um politico que só promete, mas que é capaz de fazer coisas, que tem credibilidade. Isto é que é dificil de fazer. As pessoas preferem o que já conhecem. Já sabem que o Isaltino é capaz de fazer obra, não obstante os sobrinhos na Suiça.

A segunda causa é o facto de a nossa sociedade ter desprezado a classe política de uma forma sistematica ao longo dos anos. Ou seja, a imagem de um politico que não se conhece, acabado de chegar a nossa praça, tem uma imagem "by default" tão tão tão mazinha que qualquer popular prefere um gatuno, mas que já sabe que faz obra. E isto é culpa da comunicação social, que tem em geral respeito por todas as classes profissionais excepto os políticos. Porquê?

Claro que certos políticos também não ajudam... Mas por uns não deviam pagar os outros.

E a causa disto está na bem Portuguesa inveja. A inveja que as pessoas têm de quem tem poder. A política é, por definição, a gestão do poder, no seu estado mais puro. Onde há poder, há politica, sempre. As pessoas têm inveja de quem tem poder. A classe política é, logicamente, o alvo da maior inveja.

segunda-feira, outubro 03, 2005

Eclipe anular do Sol



Hoje cheguei ao técnico com a estranha sensação de falta de luz. Sentia-me como se estivesse de oculos escuros. A razão é simples: hoje houve um eclipse anular do Sol. Trouxe uns binóculos 7x50 e a máquina fotográfica, e aí está o resultado. Tirei mais fotos; quando tiver tempo tentei fazer um GIF animado com a sequência de fotos.

No ano passado fotografei, com um setup igualmente primitivo, um trânsito de vénus.

quinta-feira, setembro 08, 2005

sexta-feira, agosto 26, 2005

Som espetacular no Picoas Plaza



Acabou ontem um ciclo de musica Lounge/Chillout no Picoas Plaza, completamente a borlix, absolutamente espetacular. O Picoas Plaza tem aquela zona ao ar livre, com restauração à volta, o que contrasta com o habitual claustrofóbico último-piso de restauração nos centros comerciais usuais. Ali não. É ao ar live. É mesmo agradavel. E mais se agradável se torna ao som de boa música. Acresce que no primeiro piso é possível desfrutar a música sentado em puffs que eles lá têm. Muito fixe!

Mas infelizmente já acabou. Era todas as quintas-feiras às 18h30, e prolongava-se até às 20h00.

Boa notícia:O par de DJ's responsáveis pela musica lá no Picoas Plaza vão abrir brevemente um bar, com o nome Mercado, na rua das Taipas, ao pé do Bairro Alto. A inauguração é no dia 6 de Setembro. A não perder. Lá estarei!

quarta-feira, abril 06, 2005

Saudades de Nova Iorque



Foi há uns bons anos que uma grande amiga me ofereceu o livro "Viver Todos os Dias Cansa" de Pedro Paixão. Adorei o livro. Não sei porquê, mas há um certo mood na escrita dele com o qual parte de mim se identifica. Gosto deste tipo de sintonias.

Já não me recordo como este "Saudades de Nova Iorque" veio parar à minha estante. Nunca peguei nele numa perspectiva de leitura sistemática. Ora serve de leitura de mesa de cabeceira, naqueles intervalos entre dois livros, durante os quais fico indeciso sobre o que ler, ora serve para folhear, quando não sei o que me apetece ler.

Hoje tive uma sensação engraçada com este livro: parecia que qualquer página em que eu me fixasse, encontrava frases interessantes. Outra vez aquela sensação de me identificar com o mood...

segunda-feira, abril 04, 2005

Ghost in the Shell III



A banda sonora do filme Ghost in the Shell: Innocence", já falado anteriormente neste blog, tem algumas faixas muito giras. Claro que encontrar este CD no mercado Portugues deve ser tarefa virtualmente impossível... Fica aqui a referência feita, com uma imagem da capa do CD.

Wiki sobre investimentos



Na sequência da leitura do livro "Intelligent Investor" (Benjamin Graham, HarperBusiness) fiquei com vontade de criar um wiki onde poderia servir como repositório de informação (e conhecimento!), na perspectiva de investimento em valor, preconizada pelo autor. Descobri que existem vários sites que alojam wikis sem custos, escolhi um, e aqui está o resultado: investments.wikicities.com. O objectivo não é obviamente que seja o meu wiki, mas sim um wiki que consiga reunir massa crítica suficiente para se tornar um projecto que cresça.

sexta-feira, abril 01, 2005

Visita às obras do Metro



Hoje realizei um desejo antigo, já desde que começaram as obras do Metro na Alameda (Afonso Henriques, Lisboa). Contactei o metro, primeiro por mail, e depois telefonicamente, e consegui que fosse inserido numa visita de estudo de uma universidade. Após um briefing sobre as obras, visitamos o túnel até a "cabeça" da escavadora. O processo de construção do tunel é interessante: são passos em que primeiro a escavadora avança cerca de 1,5 metros, e depois são colocados 6 segmentos de um anel de betão à volta. Os aneis são apertados, na direção do túnel, por força hidraulica, e argamassa é injectada entre o exterior dos anéis e a parede escavada.

Em futuros posts colocarei aqui algumas fotos que tirei durante a visita. Stay tuned!

quinta-feira, março 31, 2005

Ghost in the Shell II



Ontem acabei de re-ver o Ghost in the Shell: Innocence, um filme de anime fantástico. A banda sonora é muito boa, contribuindo imenso para o mood do filme. Há passagens com ambientes espetaculares, nomeadamente o tema de abertura do filme, e a chegada a uma determinada cidade. Neste último cenário está a decorrer uma especie de desfile de carnaval, com imagens e planos simplesmente espetaculares. Um filme imperdível!