Spaceboys (13.Out.05)


Com o apoio da rádio Oxigénio, os portugueses Spaceboys derem um excelente concerto no referido Bar, precedido (e sucedido) por Isilda Sanches como DJ (boa música também). A última vez que os tinha visto foi há alguns anos no Hype@Meco, onde também se ouviram grandes referências como Jazzanova, Nicola Conté, Kings of Convenience, entre outros. Comparando com esse tempo nota-se uma evolução significativa. Em suma, o concerto foi excelente, pondo toda a gente aos pulos a dançar.
Mr. Lizard (20.Out.05)


O que me levou a esta autentica banhada foram duas coisas: primeiro, a presença do guitarrista que acompanhou Rocky Marsiano num concerto em Setembro (também neste bar), concerto esse que tinha gostado, apesar deste guitarrista (T-One) apresentar linhas melódicas muito simples mas very groovy; em segundo lugar, e não menos relevante, a intrigante presença de James Chandler neste grupo. James Chandler é o sujeito que toca Hammond (ou melhor, um emulador de) e que já tinha tocado com Mário Delgado. O Mário Delgado é um guitarrista da cena Jazz portuguesa, cuja relevância merecia uma entrada no blog só por si. A última vez que o vi tocar, na "catedral" Hot Club, foi acompanhado por, nem mais nem menos, James Chandler himself. Ora, esta ponte entre dois mundos tão separados achei fascinante: o que é que James Chandler estaria a fazer no Bar Mercado?
Esta última frase merece um reparo, pois não acho que estejam separados de todo, estilisticamente e por acaso até espacialmente (a Rua das Taipas fica bem próxima da Praça da Alegria). Só que não é lá muito plausivel que bandas que toquem no Hot Club apareçam no cartaz do Bar Mercado, e muito menos vice-versa — infelizmente devo dizer... — grandes progressos tem feito a música quando duas áreas aparentemente ortogonais se juntam. E esta fusão entre o Jazz e a Electrónica é disso um excelente exemplo!
Feito o reparo, retomemos o tema. O concerto foi uma banhada. Não fosse o playing imaginativo do James Chandler, eu teria bazado após a primeira música. O tipo de música é básico, simples, nada entusiasmante. A bateria limitou-se a batidas básicas, sem sal, onde a concentração pareceu estar totalmente focalizada em bater no snare com mais força possível. A guitarra limitou-se a linhas simples, sem sal, onde nem o groove que se ouviu em Rocky Marsiano veio ao de cima. O baixo, nada de especial, excepto um interessante solo lá numa música. A noite foi só mesmo salva pelo James Chandler, que deu alguns (poucos) sinais de inspiração.
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