sábado, março 24, 2007

In Loko



...e quando menos se espera encontramos inesperadamente algures na web algo de potencialmente muito interessante. Só é pena que o concerto em causa tenha me passado ao lado por escassos dias.

Estou a falar sem conhecimento de causa — ainda não ouvi a música destes senhores — mas isso não me impede da falar sobre expectativas e de atitudes. Expectativa de ouvir a música saída de esta espécie de banda all-star, apresentada como:O que aqui me chama a atenção é o uso indiscriminado de maquinaria electrónica por parte de músicos com background no jazz mais ou menos tradicional, sugerindo uma direcção, em jeito de exploração, de novos espaços e estéticas musicais, para além das enfadonhas re-re-re-interpretações de standards. E isto leva-nos à questão da atitude perante a música: se se ficam por terrenos bem conhecidos, mas não por isso menos ferteis, com público garantido, ou se arriscam novos caminhos, entrecruzando estilos, sonoridades e texturas, sem se estar demasiado preocupado com fronteiras estilísticas, nem tão pouco com as demolidoras críticas de criticos de música para os quais o jazz pouco ou nada evoluiu desde os anos 60, com excepção das tais re-re-re-interpretações.

Há contudo que fazer justiça a alguns destes músicos que já há bastante tempo ligaram o seu instrumento à electrónica. O caso que conheço melhor é o do Mário Delgado; lembro-me em particular de um magistral concerto na FNAC, a propósito de uma edição do D. Quixote De La Mancha, a solo, com uma panóplia de guitarras juntamente com outra panóplia de efeitos. Sei que o João Moreira também gosta dessas coisas, mas nunca tive o prazer de o apanhar em pleno acto.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Rodrigo,

Quanto ao teu interesse por "uso indiscriminado de maquinaria electrónica"...

1.Carlos Bica ( Azul, Twist e Believer )
2.TGB - Tuba, Guitarra e Bateria

Pequena introdução.

Cheers