Irritam-me aqueles comentadores que, ao comentar a noite eleitoral, dizem que como "era previsivel", aconteceu isto e aquilo. Ora bolas, depois de ter acontecido, tudo é mais ou menos previsivel.
Por isso irei escrever aqui, hoje véspera das eleições, as minhas previsões para o dia de amanhã:
(1) Cavaco irá ganhar à primeira volta, mas com uma margem mínima. Só lá para o final da noite eleitoral (12h-1h) se saberá com segurança isto;
(2) Alegre ficará à frente de Soares por uma margem superior à do que se estava à espera. Alegre fazer-se-á de vítima, dizendo que se não fosse a falta de apoio do partido, teria conseguido forçar uma segunda volta, pelo que a culpa última da victória de Cavaco é de Socrates (ele falará no Socrates, directa ou indirectamente);
(3) Soares irá fazer o seu discurso de victória-virtual, pois a sua candidatura não pretendia na realidade ganhar (dirá ele), mas sim gerar discussão, e impedir que Cavaco ganhasse como "um passeio na Avenida da Liberdade" se tratasse (aspas são palavras do próprio Soares, quando decidiu candidatar-se). Soares irá reclamar para si, como sempre, o lugar de Pai da democracia Portuguesa;
(4) Jerónimo ficará à frente de Louçã, e irá deitar a responsabilidade da victória da "direita" nas costas do PS;
(5) Louçã irá anunciar um grande resultado, comparando-o com um outro resultado qualquer do BE, á velha maneira propagandista de extrema-esquerda.
Amanhã veremos o que acontece. Depois prometo "postar" um comentário comparando as estas previsões com o que realmente aconteceu.
sábado, janeiro 21, 2006
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